Mais do que recomendada, a transformação do legado muitas vezes é essencial para que uma empresa continue com seu crescimento saudável e a operacionalidade plena, mas também pode representar desafios.
O sistema legado é uma espécie de infraestrutura digital que foi desenvolvida e ampliada ao longo da história da empresa sem um planejamento minucioso, conforme a demanda exigia.
Dessa forma, pode acabar se tornando um “Frankenstein”, com partes diferentes (e nem sempre integradas) adicionadas em momentos diferentes à plataforma.
Com o crescimento da empresa, é natural que a demanda de trabalho aumente e, com isso, surge a necessidade de um sistema que funcione sem falhas e atenda às principais necessidades corporativas.
O problema é que o sistema legado, com sua infraestrutura geralmente arcaica e pesada, pode acabar mais atrapalhando do que ajudando. Daí a importância de investir em mudanças para garantir a reorganização adequada para a sua empresa.
Mas como identificar que o seu negócio utiliza um sistema legado? Quando aplicar alterações? Como transformar o legado da sua empresa?
Neste artigo, vamos responder a essas e outras perguntas que possam surgir no processo de acelerar a transformação digital do seu negócio. Confira!
Neste artigo, você vai conferir:
- Transformação do legado**: saiba como acelerar com automação e integração de processos**
- O que leva à substituição do sistema legado?
- Quais são as vantagens da transformação do legado**?**
- Quando investir na transformação do legado?
- Sistemas legados e novas tecnologias: quais são os desafios?
- Como o RPA pode atuar na transformação do legado**?**
- Como as APIs podem ser usadas na transformação do legado**?**
- Como executar a transformação do legado**?**
- Dicas para o sucesso da transformação do legado
- É a sua vez de transformar!
Transformação do legado**: saiba como acelerar com automação e integração de processos** ↩
A empresa que visa se manter competitiva e em pleno crescimento não tem outra alternativa senão buscar a transformação digital.
Os tempos atuais demandam métodos e técnicas de organização, planejamento e gestão que estejam em acordo com os avanços tecnológicos da Era 4.0.
Neste processo, é crucial apostar na aplicação e no desenvolvimento de novas tecnologias capazes de revolucionar o dia a dia de trabalho e, por fim, a jornada do cliente.
Cada empresa, porém, passará por seus próprios processos até alcançar a digitalização plena.
As corporações mais recentes, por exemplo, que já foram fundadas na era digital e, aos poucos, incorporaram novidades tecnológicas em suas rotinas, terão uma tarefa mais fácil para alcançar a transformação digital do que empresas antigas.
Esses negócios que utilizam sistemas obsoletos geralmente têm mais tempo de mercado e sistemas legados pesados, que podem dificultar a modernização do negócio, apresentando desafios à incorporação de novas tecnologias e novos modelos de organização.
Ou seja, sem a adequada transformação do legado, o investimento feito para a transformação digital pode não ser efetivo, e sua empresa pode encontrar muitas dificuldades para alcançar a competitividade almejada.
O que leva à substituição do sistema legado? ↩
Fonte: Freepik
Os sistemas arcaicos podem até ter passado por um amplo processo de planejamento, mas como esse investimento foi feito há muito tempo, sem acesso à tecnologias mais modernas, eventualmente acabam “atrasando” a modernização da empresa.
Afinal, diferentemente de sistemas que já passaram pela transformação do legado, esses sistemas são desenvolvidos à medida que são necessários, sem uma estrutura previamente definida ou documentos que explicam suas regras e funções básicas.
Por conta disso, as ferramentas obsoletas podem, por exemplo, representar altos custos de manutenção, pois demandam gerenciamento constante e atualizações “tapa-buraco” para suprir eventuais falhas.
Além disso, a atualização adequada é extremamente complexa, pois esses sistemas são mais inflexíveis e têm funcionalidades limitadas, que não estão claramente definidas.
Isto é, você até poderá atualizar um aspecto ou outro, mas dificilmente conseguirá chegar ao melhor resultado possível com um sistema que já ficou para trás.
No fim das contas, um sistema arcaico gera à empresa diversos riscos, que podem inclusive estar relacionados à segurança, uma vez que há a possibilidade de formação de brechas que colocam em risco toda a estabilidade do negócio, como dados sigilosos de clientes e informações básicas de gestão.
Quais são as vantagens da transformação do legado**?** ↩
Como os sistemas obsoletos oferecem diversos riscos à empresa, é de se esperar que a transformação do legado ofereça ao negócio algumas vantagens. E, acredite, essas vantagens fazem valer a pena o investimento aplicado em modernização.
Um dos primeiros impactos é o aumento da receita: um sistema mais ágil, enxuto e intuitivo possibilita o aumento das vendas e pode aprimorar a experiência em múltiplos canais de comunicação.
Do mesmo modo, o legado transformado reduz ou elimina a chance de registros duplicados e/ou com falhas, o que garante que a sua empresa opere com o máximo de eficiência, sem gargalos.
Como os sistemas modernizados possibilitam o gerenciamento minucioso do ciclo de cada processo, ocorre, ainda, a valorização do tempo, o que propicia ampliar o onboarding de novos produtos e serviços.
As rotinas de trabalho também são beneficiadas pela transformação digital: os diferentes setores da empresa podem ser plenamente integrados, enquanto eventuais barreiras entre os departamentos simplesmente são eliminadas.
Na prática, isso significa uma comunicação mais eficiente e fluida com colaboradores, fornecedores e clientes, o que implica na redução tanto da complexidade quanto do custo de toda a cadeia de suprimentos.
Por fim, os sistemas devidamente atualizados são capazes de reduzir os riscos aos quais a empresa está exposta, já que garantem a conformidade com a legislação, a padronização e a regulamentação do setor de atuação.
Em outros termos: a transformação do legado pode potencializar a rotina e os processos de trabalho, de ponta a ponta, desde o planejamento de novas estratégias ao relacionamento com clientes e, consequentemente, no aumento de lucro.
Quando investir na transformação do legado? ↩
Não restam dúvidas de que investir na transformação do legado é uma etapa fundamental da transformação digital. Mas, tão importante quanto atualizar os sistemas da sua empresa, é fazer uma avaliação minuciosa do momento e do método ideal para isso.
Avalie o motivo da migração ↩
Antes de mais nada, é preciso compreender quais fatores justificam a migração para um novo sistema. Afinal, a transformação do legado pode ser custosa: não é rápido ou barato substituir um modelo por outro.
Por isso, deve-se chegar a uma justificativa para a migração que sustente a decisão. Os custos com manutenção estão muito elevados? Isso está acontecendo com muita frequência?
Outras perguntas importantes podem ser: a falta de segurança tem gerado custos para o negócio? O sistema que a sua empresa utiliza não está mais compatível com os novos recursos à disposição no mercado?
As respostas para essas e outras questões que possam surgir no processo serão essenciais para apontar a necessidade de migração e orientar os caminhos a serem buscados.
Considere os impactos ↩
Você já sabe por que precisa migrar seu sistema legado para um novo modelo, mas quais são os impactos diretos e indiretos que essa mudança pode gerar?
Como cada setor, colaborador ou processo será implicado pela migração? Um sistema novo será capaz de surtir mais efeitos positivos ou negativos? Quais são os desafios para a atualização do sistema legado?
A análise sobre os impactos da transformação pode indicar as decisões que devem ser tomadas sobre os novos recursos.
Sistemas legados e novas tecnologias: quais são os desafios? ↩
Utilizar um sistema legado no dia a dia de trabalho pode oferecer diversos desafios à empresa, resultando em processos menos eficientes, engessados, custosos e improdutivos.
Essas ferramentas inflexíveis muitas vezes são incompatíveis com novos recursos que venham a surgir à medida que a tecnologia avança.
Isso significa que a atualização pode se tornar cada vez menos tangível, e o seu sistema, cada vez mais arcaico, pois pode não ser compatível com alterações essenciais para gerar processos mais ágeis.
No entanto, isso não quer dizer que a transformação do legado seja isenta de seus próprios desafios.
Efetuar mudanças ou migrações em um sistema legado pode ser um processo lento, uma vez que a empresa deve ser capaz de aplicar as ferramentas mais modernas e adequadas em prol da transformação digital almejada.
Como o RPA pode atuar na transformação do legado**?** ↩
O mesmo avanço tecnológico que torna essencial a transformação do legado pode ser incorporado para facilitar esse processo.
Um dos mecanismos para isso pode ser a automação robótica de processos, ou RPA, capaz de oferecer benefícios em qualquer etapa da transformação, desde o planejamento até a implementação e o treinamento dos colaboradores para o novo sistema.
Afinal, as plataformas RPA possibilitam a integração entre diferentes conteúdos ou sistemas e códigos, podem reduzir exponencialmente gastos com mão de obra e eventuais falhas, bem como garantem o máximo de agilidade na execução de ações repetitivas e cansativas.
Os bots programados para emular ações humanas poupam seus colaboradores de tarefas que agregam pouco valor à empresa. Dessa forma, seus funcionários podem ser realocados para funções mais complexas e estratégicas.
Além disso, os bots pré-programados geram relatórios com extrema precisão, o que aumenta a segurança dos dados sensíveis e a transparência da empresa em relação aos órgãos de fiscalização, fornecedores e clientes.
Como as APIs podem ser usadas na transformação do legado**?** ↩
As APIs, sigla para Application Programming Interface (ou Interface de Programação de Aplicativos), permitem a criação de interfaces capazes de otimizar interações entre diferentes sistemas, o que pode ser muito vantajoso para a transformação do legado.
Essas interfaces podem garantir acesso ágil e eficiente ao sistema legado, de maneira gerenciável e segura, reduzindo o tempo e o investimento necessários para reconstruir e modernizar o sistema.
Ou seja, as APIs podem acelerar a transformação digital ao serem utilizadas para expor dados armazenados no sistema legado e consumi-los de forma eficiente e segura para a nova plataforma.
Como executar a transformação do legado**?** ↩
Existem algumas etapas que podem facilitar a transformação do legado, tornando o processo mais ágil e eficiente. Veja a seguir!
Utilize o sistema legado como base ↩
O alvo da transformação pode ser o melhor ponto de partida para essa mudança. Em outras palavras, o próprio sistema legado que você deseja modernizar pode ser a base para essa modernização.
Os dados da plataforma já existentes e as eventuais falhas que devem ser corrigidas podem ser o primeiro passo para o desenvolvimento de um novo software ou sistema capaz de suprir esses obstáculos.
Teste! ↩
Como você vai saber que as alterações aplicadas não trarão efeitos negativos para determinadas partes da plataforma? Como diagnosticar se as mudanças realizadas trarão o efeito desejado?
Nenhum software ou sistema é capaz de operar com plena eficiência e sem falhas se não passar por testes, testes e mais testes.
O problema é que pode ser simplesmente impossível testar todas as funcionalidades de um novo sistema de maneira manual. Neste caso, a melhor alternativa é a automação.
A partir do uso de mecanismos de RPA, por exemplo, é possível aplicar diferentes testes em tempo hábil sem que haja impactos na estabilidade do sistema, o que seria inevitável em caso de testes manuais.
Migração dos dados ↩
Dados antigos armazenados no sistema legado podem ser migrados para um novo sistema que ofereça recursos modernos e novas aplicações.
Dessa forma, a empresa não perde as informações mais sensíveis e não precisa recomeçar do zero em uma nova plataforma.
Refatoração do sistema: quando fazer? ↩
À medida que os testes são executados, mesmo depois que a nova plataforma já está em operação, problemas velhos ou novos podem vir à tona e colocar em risco a eficiência da transformação do legado.
Nessas situações, a refatoração do sistema pode ser considerada.
A refatoração do sistema permite que a estrutura interna de cada código aplicado no legado seja aprimorada, sem prejuízos em sua função.
Na prática, isso significa que a refatoração do sistema possibilita não apenas a compreensão dos códigos aplicados, mas também facilita a sua manutenção e, com isso, amplia a vida útil do sistema legado.
Dicas para o sucesso da transformação do legado ↩
Identificar se a sua empresa precisa investir na transformação do legado é apenas o primeiro passo no caminho para a transformação digital.
Sem a gestão correta dos dados e processos, todo o investimento feito na migração entre plataformas pode ser desperdiçado.
Por isso, construir uma boa documentação é essencial para que o novo sistema não corra o risco de passar pelos mesmos problemas que levaram à substituição do legado.
A empresa também deve apostar no treinamento e na capacitação de seus colaboradores, oferecendo aos funcionários a chance de se informarem sobre as principais tendências tecnológicas e os recursos mais importantes do novo sistema.
Nesse aspecto, a documentação será um ponto-chave para que a equipe envolvida no projeto possa ser devidamente contextualizada sobre o novo sistema. Uma equipe bem treinada é crucial para que a nova plataforma seja utilizada no máximo de suas capacidades.
Além disso, de nada vale um novo sistema sem a adoção de práticas ágeis, que não interfiram em prazos de entrega ou gerem dificuldades para a equipe: a mudança tecnológica deve ser acompanhada por um formato ágil de operação.
Para isso, é essencial investir na contratação de empresas especializadas em soluções tecnológicas, capazes de oferecer a expertise necessária para a instalação de sistemas modernos sem erros, em tempo hábil e de forma satisfatória.
É a sua vez de transformar! ↩
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