Você já ouviu falar em API? Essa pequena sigla é uma das maiores tendências atuais da era digital e deve fazer parte da realidade das empresas que desejam crescer no mercado e se manterem competitivas.
Hoje em dia, marcar presença no ambiente digital é fundamental para garantir a sobrevivência e o sucesso de uma marca.
Afinal, os empreendimentos precisam se manter “no azul” em um cenário extremamente competitivo, com novas empresas surgindo todos os dias e consumidores cada vez mais exigentes.
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Nesse sentido, a integração de aplicações, programas e serviços por meio dessa ferramenta inovadora é capaz de otimizar, automatizar e gerenciar processos de maneira fácil, eficiente e de baixo custo: uma boa opção para negócios de todos os portes.
Os especialistas garantem que esse mecanismo chegou para ficar e um relatório do ProgrammableWeb aponta que têm sido criadas 2.000 novas APIs todos os anos.
Mas você sabe o que significa essa sigla e quais as vantagens que pode trazer ao seu negócio? Neste artigo, vamos te contar o que é, para que serve e como utilizar esse mecanismo na sua empresa, veja só!
O que é API ↩
Não é todo dia que você se depara com uma inovação que mostra a Tecnologia da Informação em sua melhor forma, com potencial para reduzir a carga de trabalho e aumentar a produtividade de uma empresa, e é justamente esse o caso das APIs.
Essa palavrinha de três letras é, na verdade, uma sigla para a expressão Application Programming Interface, que, em bom português, significa Interface de Programação de Aplicativos.
Na prática, essa ferramenta atua como uma tradutora capaz de conectar sistemas, programas e aplicativos, garantindo a melhor experiência de uso possível aos usuários.
Isto é, a Interface de Programação de Aplicações é utilizada para que diferentes aplicativos dialoguem entre si, sem a necessidade de um agente humano para intermediar essa conversa.
Nesse sentido, a Application Programming Interface é um conjunto de protocolos, rotinas e códigos de programação utilizado para que um usuário possa acessar um aplicativo.
Dessa forma, o computador pode enviar uma solicitação que será “lida” pelo aplicativo, que, por sua vez, deverá interpretar a solicitação e então gerar uma resposta ao computador.
Isso possibilita integrar um programa a outro, mesmo sem saber como cada um desses programas foi criado, o que facilita a oferta de funções e aplicações de um software: basta que o criador da API disponibilize a ferramenta para outros desenvolvedores.
Imagine que você tem acesso à interface de programação de duas aplicações distintas. Via Application Programming Interface, você pode possibilitar que esses dois programas troquem informações entre si e criem gatilhos para executar tarefas automatizadas.
Assim, sempre que uma ferramenta terminar de executar uma determinada tarefa, a outra ferramenta pode iniciar sua própria ação, e assim repetidamente.
Desse modo, é possível automatizar tarefas que antes consumiam muito tempo e esforço dos agentes humanos: em vez de ter um funcionário específico para receber e encaminhar e-mails, você pode, por exemplo, automatizar o redirecionamento de correio eletrônico.
Como consequência, o colaborador humano terá tempo e energia para executar tarefas mais complexas, que agregam mais valor ao cliente e, respectivamente, à empresa.
O melhor de tudo é que a Application Programming Interface tem custo reduzido (e pode até ser gratuita), tem várias aplicações possíveis e é capaz até de gerar dinheiro para o desenvolvedor!
Muitos aplicativos de smartphone, à venda nas lojas Google Play e Apple Store, por exemplo, são desenvolvidos via padrões e protocolos definidos via API de seus respectivos sistemas operacionais, Android ou iOS.
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Qual a origem da API? ↩
Os primeiros conceitos sobre o tema surgiram no começo dos anos 2000, quando o pesquisador Roy Fieldings, da Universidade da Califórnia, lançou sua tese sobre o design de arquiteturas digitais, “Architectural Styles and the Design of Network-based Software Architectures”.
Mais ou menos na mesma época, um aplicativo de customer relationship management (CRM), chamado Salesforce, lançou sua primeira API, em formato XML, para facilitar o compartilhamento de dados entre diferentes aplicações de seus clientes.
A partir daí, mais empresas começaram a se interessar pelo tema e a desenvolver suas próprias ferramentas, como Twitter, Flickr, Amazon e Facebook.
O lançamento e a popularização da inovadora ferramenta possibilitou que se utilizasse a internet para oferecer aos usuários funcionalidades até então restritas ao nível empresarial por uma fração do preço inicial.
Afinal, você não precisa mais desenvolver um programa do zero e redigir milhares de linhas de código para criá-lo: basta utilizar os protocolos pré-definidos de uma Interface de Programação de Aplicações para criar o seu próprio aplicativo.
Leia também: API: TUDO O QUE VOCÊ PRECISA SABER SOBRE O ASSUNTO
Quais as funções da uma API ↩
O desenvolvimento e as funcionalidades de uma API vão depender diretamente das necessidades do desenvolvedor ou da empresa que encomendou a ferramenta.
É possível criar interfaces de programação de aplicações em diversas linguagens, como XML ou JSON, para atender às mais distintas necessidades.
A aplicação mais comum é para automatizar processos que, até então, eram executados de forma manual ou para possibilitar a criação de novas funções.
Ou seja, em vez de ter um funcionário exclusivamente dedicado a copiar dados de uma planilha para outra, a empresa pode otimizar essa tarefa ao possibilitar o envio automático de informações de um programa para outro.
Em geral, uma Application Programming Interface é utilizada para evitar que um programador precise desenvolver e instalar diferentes mecanismos para que sistemas distintos “conversem” entre si.
Desse modo, o tempo da integração é drasticamente reduzido, a solução fica disponível para o usuário muito mais rápido e os custos de desenvolvimento despencam.
Isto é, a Interface de Programação de Aplicações funciona como um atalho para tornar inovações tecnológicas mais acessíveis, eficientes e velozes.
Como utilizar API na empresa ↩
Como explicamos acima, a Application Programming Interface é um conjunto de rotinas e padrões de programação que pode ser utilizado por meio de um aplicativo baseado na internet.
Desse modo, os aparelhos conseguem acessar as informações a partir desse aplicativo, interpretar os dados e aplicá-los em novos programas, sem que um sistema precise acessar ou conhecer maiores detalhes do software.
Isso significa que esse tipo de inovação tecnológica pode ser implementada em empresas de todos os segmentos e portes, otimizando o acesso a informações e reduzindo burocracias até mesmo na integração entre empresas parceiras.
Existem empreendimentos que utilizam API para criar listas com os dados dos usuários que seguem seus perfis nas redes sociais. Assim, toda vez que alguém começa a seguir o Instagram da marca, por exemplo, seu nome é automaticamente incluído na planilha.
Outra aplicação possível é na gestão de vendas online: se o cartão de uma pessoa for recusado ou o carrinho for abandonado sem a finalização da compra, um disparo de e-mail automático integrado ao sistema de pagamentos via API pode ser enviado para o cliente.
Em outras palavras, não existem limites para a implementação de Application Programming Interfaces aos sistemas de uma empresa. Tudo vai depender das necessidades de cada negócio. Confira algumas possibilidades:
- Listar produtos e serviços
- Divulgar promoções
- Finalizar vendas
- Efetuar cobranças
- Atendimento ao público
O que é integração de API? ↩
O uso de uma plataforma de integração API permite que dados sejam compartilhados entre diferentes softwares e/ou sistemas com maior facilidade.
Se a sua empresa utiliza uma ferramenta de gestão de aplicativos de marketing, um software de CRM e um sistema de Planejamento de Recursos Empresariais (ERP), por exemplo, esses diferentes recursos podem ser integrados para reduzir a carga de trabalho manual.
Em um sistema integrado via API, toda vez que um cliente for adicionado ao sistema ERP, será automaticamente adicionado também aos aplicativos de CRM e de gestão de marketing.
Desse modo, sua equipe não corre o risco de trabalhar com informações desencontradas e dados imprecisos, enquanto sua empresa não precisa se preocupar em perder leads e oportunidades de venda nem em gerar relatórios incorretos.
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Quais as vantagens da API ↩
Uma API bem-planejada é capaz de revolucionar o cotidiano de uma empresa e aumentar a satisfação dos profissionais, pois agrega simplicidade e agilidade a processos automatizados.
Como a integração de recursos e aplicativos é simplificada, fica mais fácil promover manutenções e agregar novas funções aos programas.
É possível utilizar ferramentas para automatizar o atendimento ao cliente ou processos internos em diferentes setores de um negócio, afetando positivamente, em última instância, até mesmo a reputação da empresa entre seus consumidores e clientes.
Uma organização pode também utilizar API para oferecer atendimento ao cliente 24 horas por dia, sete dias por semana, ou para publicar campanhas de marketing simultaneamente em diferentes canais.
Também é possível utilizar Interfaces de Programação de Aplicações para criar bancos de dados unificados e otimizar a geração de relatórios e dashboards com informações estratégicas.
Além disso, existem até mesmo APIs capazes de unificar em um mesmo programa informações de aplicativos de celular, desktop e páginas na internet.
Em outras palavras, todas as áreas de uma empresa podem ser impactadas positivamente por esse inovador mecanismo, reduzindo o trabalho manual, o que pode aumentar o ROI, aumentar o lucro, potencializar a produtividade e reduzir custos operacionais.
Exemplos de API ↩
Hoje em dia, os desenvolvedores podem contar com uma grande variedade de APIs que podem otimizar e enriquecer programas e softwares de todos os tipos.
Confira alguns exemplos de aplicações de Interfaces de Programação de Aplicações:
Pagamentos ↩
Vários sistemas disponibilizam diferentes formas de pagamento que podem ser adicionadas a sites empresariais e e-commerces, integrando a aplicação da empresa ao sistema de pagamento de um banco ou uma operadora de cartão.
Desse modo, o cliente não precisa sair da página do seu negócio para concluir uma compra: tudo é feito em um só lugar, com segurança, eficiência e rapidez.
Entre as interfaces que oferecem serviços de pagamento estão PagSeguro, Paypal, Cielo, Mercado Pago e muitas outras.
Redes sociais ↩
Você provavelmente já utilizou seus dados das redes sociais, como Instagram, Facebook e Twitter, para fazer login no site de uma loja ou aplicativo. Isso só foi possível graças a APIs.
Uma empresa que utiliza uma dessas interfaces consegue obter dados pessoais e informações úteis sobre o cliente, além de facilitar o processo de login.
Afinal, pois não é necessário que o cliente crie um novo cadastro, o que pode desincentivar os usuários mais preguiçosos ou práticos, já que basta utilizar os dados disponíveis no perfil da rede social.
Comércio eletrônico ↩
Uma das aplicações mais comuns de Interfaces de Programação de Aplicações é em sites de comércio eletrônico, também conhecidos como e-commerces.
Esse mecanismo pode ser aplicado para integrar diferentes sistemas para ampliar a oferta de produtos, acompanhar compras em processamento e oferecer diferentes meios de pagamento.
O Mercado Livre e a plataforma e-Bay oferecem APIs nesse formato, além de muitas outras empresas, já que as possibilidades de integração para e-commerce são inúmeras.
Localização ↩
Imagine que você tem uma loja física e deseja mostrar no site da empresa como chegar ao endereço dessa loja. Ou, talvez, que você quer possibilitar que o cliente acompanhe em tempo real o processo de entrega de um pedido.
Nos dois casos, você pode utilizar a API do Google Maps, um dos principais sistemas de localização utilizados no mundo.
Esse tipo de Interface de Programação de Aplicações também pode ser aplicado para oferecer ao cliente serviços e produtos baseados em sua localização, otimizando os processos de compra e venda.
Chatbot ↩
Muitas empresas utilizam recursos de chatbot para otimizar o atendimento ao cliente, e eis aí mais uma oportunidade de aplicação de API.
Por meio dessa ferramenta, é possível oferecer seu chatbot não apenas no chat do site oficial da sua empresa, mas também via e-mail, Facebook Messenger, SMS e WhatsApp, com gestão unificada.
No fim das contas, isso pode significar contato ainda mais próximo com o cliente, redução de custos em atendimento e facilidades para gestão e manutenção do chatbot.
RPA ou API: qual a melhor opção de integração? ↩
Quando falamos de automação de processos, duas possibilidades surgem para o desenvolvedor: Automação de Processos Robóticos (RPA) ou Interfaces de Programação de Aplicações. Mas como escolher a melhor opção para o seu negócio? O primeiro passo é conhecer as diferenças entre esses dois formatos.
As Interfaces de Programação de Aplicações integram sistemas a partir de protocolos e padrões pré-estabelecidos, o que requer ações de desenvolvimento diretamente nos códigos do programa.
As soluções de RPA, por sua vez, transportam dados de um sistema para outro a partir de uma interface que simula o que um usuário humano faria para executar aquela tarefa, como quantidade de cliques, Ctrl+C e Ctrl+V, entre outros.
Para definir qual a melhor opção para a sua empresa, o melhor caminho é decidir quão curto é o tempo de resposta necessário para realização de uma ação.
Os sistemas RPA tendem a ser mais lentos na execução de tarefas, o que significa que as APIs são mais indicadas para empresas com fator crítico em sua velocidade de respostas.
Mesmo tendo implementação um pouco mais lenta, a Interface de Programação de Aplicações tende a gerar um resultado melhor para empresas com necessidades mais urgentes.
A melhor maneira de tirar a dúvida é conversando com um especialista ou consultor no tema, como os profissionais da Squadra Tecnologia, que podem mapear as necessidades do seu negócio e sugerir as melhores soluções possíveis.