Futuro

Aposte no futuro: aposte em informação e conhecimento!

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Trabalho com tecnologia há 12 anos e, ainda assim, me surpreendo quando vejo uma noticia sobre algum grande avanço tecnológico, ou inovação realmente diferenciada (não estou falando de flap bird).

Tenho um tio, que morou comigo por 10 anos. Durante esse tempo, uma das coisas mais legais que fazíamos juntos, era visitar uma vídeo locadora. Ele teve a honra de me apresentar alguns clássicos do cinema, incluindo dois que me marcaram muito: O Exterminador do Futuro e Mad Max 2. Esses dois filmes tem algo em comum: são histórias que falam a respeito do futuro.

O Exterminador do Futuro é de 1984 e se passa em 2029, ele tem uma visão pré-apocalíptica tecnológica. Caso você não conheça a história, é o seguinte: havia um super sistema chamado Skynet, que tinha acesso a todas as informações disponíveis e controlava tudo, mas em algum momento a Skynet pirou e considerou os humanos inimigos. Já sabe o que acontece dai pra frente, né?

Mad Max 2 é de 1981, porém a história não tem uma data definida. No início do primeiro filme, aparece um letreiro que informa que ele se passa em um futuro não muito distante. Nesse filme, a história é sobre um futuro pós-apocalíptico, onde a disputa pelo petróleo acabou gerando uma guerra de proporções catastróficas entre as potências mundiais. O planeta torna-se um lugar deserto e sem leis. Os remanescentes, desordeiros motorizados, viajam sem controle em uma terra árida, buscando o bem mais escasso: a gasolina. Quem o possui, também tem o controle desse mundo devastado.

Nos dois casos meu tio sempre afirmava: “Um dia o mundo será assim”. E isso sempre me fazia ficar morrendo de medo. Quem conseguiria vencer um robô ou sobreviver a um deserto, cheio de loucos?

E aqui estamos nós mais de 20 anos depois. Talvez a realidade que mais se aproxime da que vivemos no mundo de hoje seja a do Exterminador do Futuro, mas infelizmente, no Brasil, achamos que o futuro será como foi em Mad Max!

Em 2008, a economia mundial passou por uma grande crise e, enquanto muitos países incentivaram a economia da informação e deram incentivos a empresas tecnológicas, nós reduzimos o IPI dos carros e incentivamos o consumo. Isso talvez explique em partes o porque de estarmos tão atrasados na economia digital.

Nossa maior empresa, a Petrobras, tem um valor de mercado de aproximadamente US$ 88 bilhões. Enquanto isso, o Google, que tem duas vezes menos funcionários vale mais de US$ 400 bilhões.

Não estamos vivendo a era da tecnologia, muito menos uma revolução tecnológica. Ela já se foi a muito tempo. Como já dissemos anteriormente aqui no blog, vivemos hoje a era do conhecimento e informação. A comparação acima mostra que nós aqui nos países em desenvolvimento (terceiro mundo) ainda tratamos os negócios como se o Sadan ainda fosse importante e estivesse vivo, ou seja, como se estivéssemos em 1990.

Houve um tempo em que os Estados Unidos era um forte mercado automobilístico, e Detroit retratava o “sonho americano”. Hoje em dia, Detroit está falida e virou quase uma cidade fantasma. Porém, na contra mão de Detroit estão algumas cidades prósperas da Califórnia, região conhecida como Vale do Silício, onde estão as cidades de Mountain View, Palo Alto, São Francisco e Santa Clara. Acho que o Vale do Silício é a Detroit da era dos negócios digitais. 80%  das exportações americanas não são tangíveis.

Antigamente, quando tínhamos uma dúvida, perguntávamos ao nosso pai, consultávamos um dicionário ou uma enciclopédia. Hoje, sem medo de não achar a resposta, recorremos ao Google. Só por curiosidade, Mountain View é onde fica a sede mundial do Google.

Hoje, se um professor realiza uma pergunta e a resposta está no Google talvez a pergunta não esteja correta!

E, talvez, a explicação para esse novo paradigma, e o avanço em direção ao futuro do Exterminador do Futuro, se dê por conta do comportamento do novo consumidor. Uma geração extremamente digital, devoradora de conteúdo e informação.

Em um mundo em que orelhões, vídeo locadoras e placas de trânsito não são mais necessárias, posso afirmar sem medo de errar que, de todos os fatores de produção, a informação e o conhecimento são os mais importantes.

A economia do conhecimento (como vem sendo chamada), diz que, quanto mais as empresas compartilham conhecimento e a informação, melhor se posicionam no mercado. Exemplos: LinkedIn, Twitter, Easy Taxy, Decolar, Wikipedia, Facebook, Airbnb, Amazon, Waze, etc.

E esse avanço está tomando rumos antes inimagináveis. Em breve, assistiremos uma boa briga, a briga dos serviços telefônicos.

Assim como a Internet irá sumir, a tecnologia não será mais o fim. A tecnologia será o inicio e o meio também. Toda companhia terá tecnologia no seu core business.

E o novo modelo de negócio, não será mais atingir a massa, e sim uma certa comunidade, um determinado nicho. E para isso, basta ter uma boa solução de big data (presente na revolução tecnológica), e terá o perfil do seu consumidor.

O panorama mundial mudou e já faz um tempo, e muita gente, inclusive nós brasileiros não acompanhamos e não percebemos.

Talvez seja por isso, que ficamos surpresos com os avanços das inovações. Nos últimos 50 anos, o mundo evoluiu muito mais que em todo o resto dos 4,5 bilhões de anos.

E as empresas, o que devem começar a fazer para acompanhar as mudanças?

E principalmente responder está simples pergunta:

De qual futuro você quer participar? Mad Max ou Exterminador do Futuro?

Dica: A Skynet já até existe, seu logotipo tem as cores azul, vermelho, verde e amarelo que também já tem um exercito de robôs: a Boston Dynamics.


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