O SQ TOP VOICES é um quadro que vai trazer entrevistas com alguns dos especialistas SQUADRA, abordando serviços e soluções da companhia, bem como outros assuntos em alta.
No primeiro post do SQ TOP VOICES, temos Rodrigo Dias, Head of Corporate IT da SQUADRA, líder das áreas de Devops, Infraestrutura, Sistemas, Segurança e Central de serviços de TI e Head da Comunidade IT.
Entre outras atividades, Dias é responsável pelo gerenciamento de projetos, definição de estratégias, escopo, custos, comunicação e gestão das partes interessadas, seja em clientes internos e/ou externos do Grupo SQUADRA.
Rodrigo aceitou nosso convite para falar um pouco sobre o serviço de FinOps, que tem como objetivo principal promover a redução de custos das empresas com suas infraestruturas em nuvem.
Confira abaixo os principais trechos da entrevista, e confira respostas que podem ser extremamente úteis e esclarecedoras sobre essa solução perspicaz da SQUADRA.
Aproveite a leitura!
“Rodrigo, pra começar, o que é o serviço de FinOps?” ↩
“Baseado no que já estamos acostumados com o mundo Cloud, com nomenclaturas como DevOps, DevSecOps, existe o FinOps, que liga o Financeiro à Operação. Nos últimos anos, muitas empresas migraram para a nuvem, muitos levaram a infraestrutura nos moldes em que estava dentro de casa, no cenário On-premise, buscando um modelo mais seguro, escalável, mas não numa estrutura Cloud Native. Nesses cenários, é preciso adequar a infraestrutura para que ela se torne mais eficiente em termos de custo, e em outros cenários, quando a infraestrutura já está na arquitetura correta, fazer o monitoramento, o cuidado no dia a dia, fazer as reservas de recursos, com o objetivo de conseguir preços melhores. Neste sentido, existem diversos mecanismos para a redução de custos, como análise de armazenamento, consumo de processamento, consumo de memória, tipos de serviço utilizados dentro da plataforma, avaliando se é o melhor cenário, se você não pode converter um monolito em vários microsserviços, se você não pode converter aqueles serviços em máquinas e instâncias físicas e levar para um ambiente clusterizado… Então, são vários cenários, e o FinOps vem com esse objetivo, de analisar o todo e trazer o melhor custo-benefício possível.”
“Bacana! E quais são as etapas desse serviço no cliente?” ↩
“Cada estrutura é um cenário diferente. Então, o primeiro passo é ter o entendimento do ambiente do cliente, e a partir desse entendimento, conseguir buscar oportunidades de redução de custos. Tem clientes em que você vai entrar e a infraestrutura já está apta a você executar atividades de redução de custos, e vão ter clientes em que você vai ter que modificar a arquitetura, talvez aquele cliente até fez um tipo de reserva de recursos, mas não fez da forma adequada, o que pode até, de certa maneira, atrapalhar um pouco a estratégia de redução de custos. Mas, no âmbito geral, leva de uma a duas semanas para a gente adentrar, entender como funciona a arquitetura, fazer as entrevistas com o cliente, fazer o mapeamento do relatório de faturamento, fazer o mapeamento de toda a infraestrutura que está provisionada, e a partir daí, a gente vem com a segunda fase, com as definições do que precisa ser feito.”
“Show! E quais segmentos podem se beneficiar?” ↩
“O serviço de FinOps é aplicável a qualquer cliente que esteja utilizando recursos de plataforma em nuvem. Mas a gente vê uma oportunidade maior em clientes que fizeram recentemente uma jornada para a nuvem. É uma característica singular desse tipo de cliente: primeiro ir para a nuvem e depois identificar qual é a melhor arquitetura que deveria ter sido aplicada. Então, nesse modelo, de levar a forma como está hoje, de um data center físico para a nuvem, tem muitos cenários de melhoria, como, por exemplo, converter monolitos em microsserviços, com a oportunidade de transformar aquela infraestrutura de On-premise para Cloud Native. E nesse modelo a gente vê muita oportunidade para redução de custos. Normalmente, são empresas de pequeno e médio porte que acabaram de migrar para a nuvem ou que estão em um momento de jornada para a nuvem”.
“Legal, e quais problemas a solução resolve?” ↩
“Principalmente, custo. Mas também tem a questão de você eliminar a subutilização de recursos, saber utilizar melhor aquele ambiente. O FinOps automaticamente está atrelado a você ter uma boa arquitetura dentro do seu ambiente. Então, o custo, mas também tornar a arquitetura mais Cloud Native, mais próximo do que é o ambiente ideal.”
Além disso, podemos citar:
- Altos custos com infraestrutura em nuvem
- Baixa eficiência dos recursos alocados
- Baixa maturidade na nuvem
- Dificuldade no gerenciamento da nuvem
- Serviços de nuvem subutilizados ou desnecessários
- Complexidade no processo de migração para a nuvem
“E quais são os diferenciais desse serviço de FinOps?” ↩
- Mapeamento completo da infraestrutura em nuvem
- Identificação dos serviços e recursos utilizados e padrões de consumo
- Identificação de oportunidades de otimização (dimensionamento, instâncias, configurações)
- Análise de cenários alternativos (mudança ou melhoria)
- Geração de relatório detalhando a melhor estratégia para a redução de custos operacionais
- Plano de execução baseado no roadmap definido
Dias complementa:
“Além disso, podemos citar o cenário multi-cloud. A SQUADRA tem um time capacitado que consegue apoiar o cliente em diferentes nuvens, seja AWS (Amazon Web Services), Microsoft Azure, OCI (Oracle Cloud Infrastructure), GCP (Google Cloud Platform)… Nós temos um time que consegue circular por todas essas nuvens e fazer o trabalho em cima de cada uma. Porque tem fornecedores que só atendem AWS, Azure, por serem parceiros ou certificados dessas plataformas específicas. Já a SQUADRA flutua nessas quatro principais, incluindo ambiente On-premise, se houver a necessidade.”
“E os benefícios?” ↩
- Redução de custos
- Aumento da eficiência
- Controle de gastos
Mas não só isso. Rodrigo completa:
“Esses são os principais. O impacto na redução de custos é variável, dependendo do cenário que o Assessment vai descrever. Se o cliente tem uma maturidade maior, a tendência é que a redução de custos seja menor, porque ele já está vivenciado no dia a dia, mas ele vai ganhar mais maturidade, insights de onde ele pode atuar, etc. A gente estima que, dependendo do cenário, ele consiga uma redução de custos de pelo menos 20% a 30%. Agora, se for um cliente que acabou de migrar para a nuvem, com uma imaturidade menor e mais oportunidades de melhoria, ele pode ter, com reservas de recursos e outras melhorias propostas, até 70%, 75% de redução de custos.”
Dias explica o ganho com cada tipo de máquina:
“Só com a reserva de recursos, o cliente consegue chegar a até 55% de economia, dependendo do tipo de máquina, do tipo de instância. No caso de máquinas Microsoft, a redução de custos é menor por causa do licenciamento, pois esse custo não diminui, mas em cima da infraestrutura, CPU, memória, etc, ele consegue redução (de custos). No caso de máquinas Linux, ele consegue redução estimada (de custos) entre 55% e 65%”.
Ele também se aprofunda no serviço em si:
“Os recursos, em si, são o que a gente consegue modificar para reduzir custos. A gente consegue fazer uma reserva de CPU, reserva de memória, e na parte de dados (storage), a gente consegue fazer um trabalho de higienização, para reduzir o armazenamento, ou um trabalho de realocação, para escolher qual é o melhor storage para o cliente armazenar. Se for a curto prazo, tem um tipo de storage, se for um dado que o cliente acessa pouco, como um backup, por exemplo, aí a gente reserva em um outro tipo de classe de armazenamento, de custo menor.”
“Pode citar alguns cases de sucesso?” ↩
Qualirede
“A Qualirede tinha uma infraestrutura extremamente cara, com uma estimativa de custo de mais de US$ 35.000,00/mês, mais de US$ 420.000,00/ano. Mas assim, ela tinha um consumo alto, vários clientes, isso tem que ser considerado. A empresa fez um trabalho interno de reserva de recursos, para tentar reduzir os custos. Reduziu uma parte, mas ainda assim não foi o suficiente. Então, a companhia procurou a SQUADRA, e nós adentramos com o Assessment de duas semanas, onde os nossos analistas de Cloud e DevOps fizeram uma análise minuciosa, e em cima de cada um dos serviços que a empresa consumia, nós fomos trazendo insights de melhorias. No final, entregamos um relatório para o cliente, para ser executado.”
Dias continua:
“Depois, o cliente ainda nos pediu apoio nas atividades para a redução de custos. Então, nós não só fizemos a parte de gerar o relatório, como também podemos apoiar a empresa nas tarefas do que foi proposto.”
E complementa:
“Essa entrega do relatório é baseada no FInOps, mas a gente também busca apoiar o cliente naquilo que a gente visualiza de possibilidade de melhoria da arquitetura. Então, com a Qualirede, na conclusão do relatório a gente trouxe todos os insights importantes para eles melhoraram a parte de FinOps, mas também demos algumas dicas sobre, performance, segurança, serviços, além de elencar as atividades que precisam ser feitas e, caso o cliente precise de ‘braço”, a SQUADRA consegue apoiar.”
Wings
“Na Wings, fizemos toda a reestruturação do ambiente, com o objetivo de torná-lo mais seguro, performático e econômico, conseguindo uma redução de custos de aproximadamente 50%. “
“Dias, pelo que você nos trouxe, o serviço de FinOps pode ser apenas o começo, certo?” ↩
“Com certeza! Outro serviço que a gente propõe, atrelado ao FinOps, é o monitoramento contínuo. Porque se trata de um ambiente vivo, com novos provisionamentos, descomissionamentos… Então o ideal é ter um monitoramento contínuo, fazer a análise do ambiente uma vez por mês, ou plugar algum tipo de ferramenta que te mostra o que tem subido, descido, o que pode ser melhorado…”
Veja também: Cloud Management: identificando desperdícios em sua estratégia de nuvem
“Maravilha, Rodrigo. O papo foi ótimo! Algum último recado para quem estiver nos lendo?” ↩
“Grandes empresas ou empresas que estejam bem posicionadas, ou que estejam buscando se posicionar de uma forma melhor, precisam de grandes parceiros. Isso faz um grande sentido para a evolução do negócio, em várias áreas. E a SQUADRA há muitos anos vem apoiando grandes empresas na evolução de projetos relacionados a desenvolvimento e evolução de arquitetura, digitalização - e a questão financeira é crucial. Porque assim, você ter a oportunidade de reduzir custos para direcioná-los para outras áreas, te dá a possibilidade de crescer ainda mais, de avançar ainda mais, e é justamente isso que a gente quer, que esses recursos sejam melhor utilizados, otimizados, que eles não fiquem subutilizados. Com esse serviço de FinOps, nós conseguimos dar um fôlego maior para as empresas. O custo da nuvem é muito alto, a gente sabe, mas é um custo necessário, e precisa ser otimizado. Esse é o nosso objetivo.”
Reduza custos na nuvem com o serviço de FinOps da SQUADRA ↩
Com o serviço de FinOps da SQUADRA, as empresas podem contar com uma equipe altamente qualificada para identificar desperdícios e oportunidades em suas estratégias de nuvem.
Para realizar uma otimização financeira inteligente dos seus gastos com nuvem, ajudamos você e a sua equipe em etapas importantes como:
- Mapeamento completo da infraestrutura em nuvem
- Identificação dos serviços e recursos utilizados e padrões de consumo
- Identificação de oportunidades (dimensionamento, instâncias, configurações)
- Análise de cenários alternativos (mudança ou melhoria)
Após essa análise minuciosa, geramos um relatório detalhando a melhor estratégia para a redução de custos operacionais e desenvolvemos em conjunto com o seu negócio um plano de execução baseado no roadmap definido.
Se você precisar de ajuda para implementar as mudanças e melhorias que foram propostas e definidas em conjunto com o seu negócio, podemos oferecer os melhores profissionais e times de TI do mercado para o avanço e sustentação da estratégia de FinOps.
Conte com equipes altamente qualificadas e capacitadas, prontas para colocar em prática as mudanças e melhorias necessárias para a redução de custos, aumento da eficiência e controle de gastos da sua infraestrutura em nuvem.
Junte-se à SQUADRA para manter a otimização da sua infraestrutura em nuvem como um processo contínuo, garantindo que sua estratégia de nuvem permaneça alinhada aos seus objetivos de negócio em constante evolução.
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Até a próxima!