Mão de uma pessoa com anel segura uma caneta para iPad, onde faz anotações sobre UX design. Na mesa tem um mouse, mousepad, teclado da Apple. Além de alguns enfeites de madeira.

UX Design: pilares, princípios, vantagens e ferramentas

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Você sabe o que é UX Design e o que torna essa abordagem tão importante no universo altamente tecnológico em que nos encontramos?

Em geral, o termo “design” é bastante amplo e pode ser até difícil de definir: um designer pode trabalhar em inúmeras áreas, do mercado da moda à fabricação de carros. Quando aplicado no contexto da indústria 4.0, esse conceito centrado no usuário e em sua experiência de consumo é capaz de revolucionar as formas de produzir e entregar valor ao cliente final.

Neste artigo, vamos explorar as principais informações que você precisa saber sobre UX Design: o que é, quais os pilares da abordagem, quais os erros mais comuns e quais benefícios pode trazer para sua empresa. Acompanhe!

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Mão de uma pessoa com anel segura uma caneta para iPad, onde faz anotações sobre UX design. Na mesa tem um mouse, mousepad, teclado da Apple. Além de alguns enfeites de madeira.

Fonte: Unsplash | Autor: Alvaro Reyes

UX Design: como aplicá-lo para a eficiência do negócio?

O ramo de UX Design não é exatamente novo no mercado, mas tem crescido em importância nos últimos anos graças ao surgimento de novos recursos e tecnologias. Como o consumidor nunca foi tão exigente, faz-se cada vez mais essencial o planejamento de sua experiência por parte da empresa.

Isto é, o contato positivo do cliente com o produto precisa ser uma das prioridades de qualquer organização que quer se firmar como líder de mercado e fidelizar o usuário. É justamente dessas necessidades que surge o conceito de design da experiência do usuário, um campo de atuação que deve combinar as funcionalidades de um produto ou serviço às expectativas do cliente.

Ou seja, uma metodologia capaz de tornar o seu negócio mais eficiente, menos custoso e altamente sustentável.

O que é UX Design?

Para compreender o que é UX Design, precisamos pensar no produto ou serviço sob a perspectiva do usuário.

UX é uma sigla para User Experience, ou “experiência do usuário”, em tradução direta, enquanto “design” faz referência a “concepção ou criação” de um produto. Muitas vezes associado à proposta de Design Thinking, que estimula a criatividade na solução de problemas do usuário, UX faz parte de tudo aquilo relativo à jornada do usuário.

Assim, o design de experiência do usuário consiste no desenvolvimento de um produto que seja amigável ao usuário, com uma interface acessível que garanta agilidade no acesso a suas principais funcionalidades.

O ramo de UX utiliza metodologias que permitem compreender as expectativas, limitações e necessidades do usuário, para que haja alinhamento com o negócio, possibilitando o desenvolvimento de produtos vantajosos tanto para o cliente quanto para a organização.Tudo isso de maneira multidisciplinar, incluindo competências paralelas em storytelling, arquitetura e design da informação, visual design, entre outras.

Qual é a relação do UX Design e o Design Centrado no Usuário?

Podemos dizer que UX Design é o ramo responsável pela ideação e criação de produtos e/ou serviços capazes de corresponder a necessidades específicas do cliente. Isso, porém, só é possível a partir do pilar central de UX: o conceito de User Centered Design (UCD), ou em bom português, Design Centrado no Usuário.

Essa abordagem mantém o usuário no centro do foco e considera suas necessidades, hábitos e metas para a tomada de decisões estratégicas no processo de desenvolvimento de novos produtos.

Desse modo, o conceito de Design Centrado no Usuário garante que o UX não se limite às funções estéticas de uma aplicação, e sim na experiência de cada consumidor. Em outras palavras, de nada vale um produto visualmente perfeito e agradável aos olhos que não carregue as funcionalidades de que o usuário precisa.

UX e CX: quais são as diferenças e as semelhanças?

Quando falamos de foco no usuário, os dois termos se aproximam e geram algumas dúvidas. Afinal, será que User Experience (UX) e Customer Experience (CX) são a mesma coisa?

A resposta é “não”, mas os dois campos, embora distintos, são também complementares. Enquanto UX refere-se à experiência do usuário com um produto a partir da interatividade (ou seja, do uso), o conceito de CX vai além e aborda a jornada mais extensa do consumidor com a marca, desde o primeiro contato até o pós-venda.

Isso significa que UX faz parte de CX, buscando compreender as expectativas e “dores” do cliente no uso de um produto. Afinal, parte da experiência do cliente consiste no uso prático do produto, e nessas horas, os conceitos de UX podem tornar essa utilização ainda mais proveitosa.

Como o UX e o UI se relacionam?

Você sabia que os conceitos de UI e UX Design são intrinsecamente conectados? Na verdade, o ramo de User Interface (UI) é considerado uma categoria dentro do design da experiência do usuário.

O UI designer é o especialista responsável pela concepção de cada tela com a qual o usuário deve interagir para utilizar determinado produto — ou seja, é o responsável que vai definir como o produto é organizado para uso. A missão do profissional de UI é certificar que a interface do usuário estará de acordo com aquilo que foi idealizado pelo profissional de UX.

Do mesmo modo, é o designer de UX que vai apontar como serão as interações do usuário com o produto, enquanto cabe ao especialista de UI desenhar as interfaces pelas quais acontecerão essas interações.

Quais são os pilares de uma boa experiência?

Também é possível pensar o conceito de UX Design a partir de uma pirâmide que inclua três etapas essenciais, ou pilares de boas experiências: utilidade, usabilidade e desejabilidade.

Dessa forma, o designer consegue contemplar em uma cadeia de prioridades quais elementos precisa incluir em seu projeto para garantir a melhor experiência possível a seu usuário. Confira!

Utilidade

O pontapé inicial para o desenvolvimento de qualquer produto deve ser sua utilidade, pois além de validar o projeto, pode orientar os recursos que aquela aplicação deve ou não apresentar.

Esse produto serve para alguma coisa? Existe, de fato, um perfil de usuário que precise desse produto?

Isto é, começa-se da base da pirâmide, a partir de uma “dor” ou de um problema do cliente que precisa de solução, para nortear o modelo de negócio, precificação e funções mais importantes, entre outros.

Usabilidade

De nada adianta dispor de funções modernas e robustas se o usuário não consegue utilizá-las. Ou seja, a facilidade de uso do produto, ou usabilidade, deve estar entre as preocupações do UX designer.

A partir dos conceitos de arquitetura da informação, design de interação, linguagem adequada ao público-alvo e modelos mentais é possível desenvolver produtos capazes de serem utilizados facilmente.

Desejabilidade

Você já tem um produto que atende a um problema e é fácil de usar. Mas qual o seu poder de atração, ou o que vai gerar encantamento e satisfação no usuário?

A desejabilidade pode ser considerada um “efeito uau”, que passa por todos os níveis da pirâmide para gerar uma percepção geral positiva no usuário e despertar a vontade de utilizar aquele produto. Neste pilar, encaixam-se conceitos ligados diretamente à experiência do usuário e UI, como estética, interação, marketing e feedback.

Quais são os princípios do UX Design?

Alguns princípios básicos servem para nortear as ações de UX Design, a fim de assegurar que o usuário conseguirá desfrutar da melhor experiência possível. Com o cliente no centro das atenções, esses princípios poderão orientar o desenvolvimento do produto em diferentes segmentos, incluindo design de serviço e CX, entre outros. Veja só!

1. Centrado no ser humano

Na abordagem UX, é o homem que controla a máquina, e não o contrário. Por isso, todas as ações devem ser centradas no ser humano, possibilitando que a máquina (ou o produto) seja capaz de se adaptar ao seu usuário.

Desse modo, os produtos são concebidos a partir da forma com que o usuário interage com o mundo ao seu redor.Para isso, pode-se aplicar diversas práticas, incluindo desenvolvimento de personas de consumo, mapas mentais e de empatia, jobs-to-be-done, e por aí vai.

2. Multidisciplinar

Há quem diga que o conceito de UX cresceu tanto nos últimos anos a ponto de se tornar grande demais para ficar apenas sob a tutela dos designers.

Em outras palavras: UX é uma abordagem que deve ser multidisciplinar para alcançar os melhores resultados, surgindo como uma espécie de hub para centralizar e otimizar informações que poderão orientar a construção do produto.

Os conceitos, as abordagens e as diretrizes de setores distintos são simplesmente indispensáveis para garantir que o projeto tenha o sucesso almejado.A equipe pode fazer uso de recursos de background, marketing e vendas, por exemplo, para chegar à solução ideal para cada problema do usuário, gerando ainda mais valor ao produto e à empresa.

3. Holístico

Ao falar de UX, tenha em mente que praticamente nada acontece em apenas um clique. Por mais que o usuário tenha um problema a ser solucionado, precisará enfrentar uma jornada no produto até chegar a essa solução.

Este é o caráter holístico do design de experiência do usuário: existe um passo a passo que orienta o usuário dentro da interface do produto.Nesse sentido, o designer deve se perguntar como o usuário se sentirá a cada etapa da utilização do produto, o que pode ser feito para melhorar a percepção e quaisquer outros elementos que possam orientar o trabalho de UX.

4. Baseado em validações

Imagine que você projetou um produto impecável, que atenda a um problema inicial, e esse produto vai chegar ao mercado. Depois disso, começam a chegar tsunamis de feedbacks negativos acerca de problemas de usabilidade e interatividade.

Isso pode se transformar em um grande prejuízo para a reputação da sua empresa! E, pior de tudo, completamente evitável.

Afinal, basta que o produto em desenvolvimento seja testado exaustivamente antes de chegar ao mercado para prevenir essa situação.Por isso, a abordagem UX é baseada em validações e testagens para que os eventuais problemas sejam identificados antes mesmo de acontecerem, possibilitando a redução de erros e custos.

Quais erros devem ser evitados no UX Design?

Como o conceito de UX Design tem se popularizado cada vez mais, à medida que surgem novas tecnologias, algumas empresas fazem uso do termo de maneira equivocada — o que leva a erros que podem comprometer o sucesso do produto.

Confira os erros mais comuns no design de experiência do usuário!

Focar apenas no design da interface

Uma tela bonita que não sirva a nenhum propósito tem pouca ou nenhuma relevância na concepção do produto. Por isso, não foque apenas o design da interface, e sim em sua usabilidade.

Nesse sentido, cabe equilíbrio, pois uma tela desinteressante pode até gerar um bom primeiro impacto, mas certamente vai desmotivar o usuário com o passar do tempo.Em outras palavras, o grande desafio é balancear um bom design de interface com usabilidade, sob o risco de acabar perdendo seus clientes para concorrentes.

Não priorizar a utilidade e a relevância das funcionalidades

Por mais que você invista em usabilidade, não se esqueça de que as funcionalidades inclusas no produto devem ser relevantes sob o ponto de vista do usuário. Um produto fácil de usar que apresente funções pouco úteis pode acabar esquecido no fundo das prateleiras, não importa quão simples seja sua utilização.

Não conhecer o seu público e as suas necessidades

Se você está utilizando conceitos de design de experiência do usuário, nada mais justo que colocar o usuário no centro das atenções no desenvolvimento do projeto.

Isto é, é indispensável conhecer bem o seu público-alvo, bem como suas dores e expectativas em relação ao uso do produto. Só assim será possível criar um visual adequado ao público, com as funcionalidades necessárias e a garantia da geração de valor que a empresa busca.

Afinal, mesmo que o seu produto tenha sido bem executado, com funcionalidades relevantes e boa usabilidade, vai acabar desvalorizado e até inutilizado se cair nas mãos erradas.

Quais são os benefícios que o UX Design proporciona?

O investimento em UX Design retorna para a empresa em benefícios gerais, sobretudo porque possibilita o desenvolvimento de um produto com valor de mercado e sustentável, que faça sentido economicamente.

Os processos de vendas ocorrem de maneira mais fluida, o desenvolvimento do produto acontece de forma assertiva e adequada à expectativa do usuário.

Além disso, produtos intuitivos, que sejam amigáveis sob a perspectiva do usuário, evitam dúvidas desnecessárias — o que, consequentemente, reduz custos com suporte e economiza um precioso tempo da equipe, que pode ser redirecionada para outros trabalhos.

Os usuários, por sua vez, podem aprender a utilizar o produto mais rapidamente, sem se perder em funcionalidades dispensáveis para solucionar seus problemas reais.Isso resulta no aumento do engajamento do usuário com o produto em questão, pois o consumidor acredita que está utilizando um produto que vale a pena.

Como medir os resultados do UX Design?

Além de aplicar os conceitos de UX Design no desenvolvimento de produtos, é importantíssimo dispor de recursos para mensurar os resultados alcançados pela abordagem. Afinal, as estratégias de design de experiência do usuário estão diretamente relacionadas à busca de melhores resultados para a empresa.

É necessário instituir uma cultura de trabalho que leve em consideração dados empíricos, a partir de métricas que associem o produto à experiência do usuário. Desse modo será possível observar os resultados com maior clareza e, então, tomar decisões estratégicas para aumentar a conversão e a satisfação do usuário final.

Quais ferramentas e frameworks podem ser utilizados?

Vários indicadores podem oferecer uma visão geral do produto sob a perspectiva de UX Design, especialmente quando se contempla o antes e depois da aplicação dos conceitos de design de experiência do usuário.

Pode-se utilizar um parâmetro entre net promoter score e satisfação do usuário, taxas de churn ou abandono do produto, demandas em aberto no suporte ao cliente, taxas de conversão, erros ou cliques, entre outros.

Algumas empresas encontram um importante atalho na mensuração de resultados: o conceito de métrica única de sucesso, ou one metric that matters most (OMTM), que foca apenas uma métrica principal para guiar as ações da equipe.

Essa abordagem pode ser ainda mais vantajosa sob a perspectiva do profissional de UX, que consegue avaliar de forma específica se a experiência do usuário está gerando os resultados almejados pela empresa.


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